Para reduzir o déficit de quase 100 mil crianças sem creches, a Prefeitura de São Paulo estuda negociar três terrenos situados em regiões nobres na capital paulista, inclusive até a sede administrativa da Subprefeitura de Pinheiros, na Avenida Nações Unidas, 7.123. A intenção é que as empresas interessadas em construir empreendimentos nas áreas em análise fiquem responsáveis por erguer como contrapartida as unidades educacionais em zonas da cidade carentes de equipamentos públicos.
A informação sobre a possível venda da área da subprefeitura foi divulgada nos últimos dias pela imprensa. A Secretaria de Municipal do Planejamento, Organização e Gestão, por sua vez, confirmou à Gazeta de Pinheiros - Grupo 1 de Jornais que está em processo um estudo sobre a venda do terreno, mas que ainda não há um novo local para a transferência da administração regional.
O terreno onde está localizada a Subprefeitura de Pinheiros tem cerca de 30 mil m² e está avaliado em R$ 100 milhões. Situação semelhante acontece com um quarteirão de 20 mil m² no Itaim-Bibi, compreendido pela Avenida Horácio Lafer e as ruas Salvador Cardoso, Lopes Neto e Cojuba. A área com valor estimado de R$ 30 milhões também seria negociada em troca da construção de creches, aproximadamente 200 unidades.
A proposta, no entanto, é contestada por moradores do bairro, que defendem a permanência de duas escolas, uma biblioteca e um posto de saúde que funcionam no local. Na última segunda-feira (dia 21), foi realizado um protesto no bairro, com cerca de 500 participantes que se opunham à proposta da Prefeitura.
A Secretaria Municipal do Planejamento alega que os equipamentos públicos não serão retirados, apenas reinstalados em novos espaços. Ainda segundo a pasta, a negociação do terreno deve ocorrer até junho. Além do polêmico quarteirão do Itaim-Bibi e da Subprefeitura de Pinheiros, o terceiro terreno que pode ser vendido fica no bairro do Brás, região central.
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