Espécies de plantas nativas como cedros, aroeiras, paineiras, palmitos jussara e pimenteiras da reserva de Mata Atlântica da USP, dentro da Cidade Universitária, deram lugar a um terreno dominado por palmeiras-reais, ou seafórtias, “praga” trazida da Austrália há 50 anos, que começou a invadir a reserva e matar a espécies nativas.
O exército de invasoras já tem 3.000 palmeiras adultas – em toda a reserva, de dez hectares, são cerca de 20 mil árvores. Mais 3.000 ocupam outras áreas do campus. As mudas são incontáveis.
“Tínhamos mais de 130 espécies de árvores – muito superior a toda flora arbórea das ilhas britânicas. Logo a palmeira-real se tornou a espécie mais importante”, diz Welligton Delitti, coordenador de gestão ambiental da USP. O Instituto de Biociências, que ele dirige, começou a detectar que a planta estava infestando a Mata Atlântica de planalto há mais de 20 anos.
Ainda neste mês a universidade dará início ao processo de licitação para definir a empresa que destruirá essas palmeiras e plantará 10 mil espécies nativas no lugar, num processo que só deve terminar no final de 2012.
O custo ainda não foi estimado e os recursos virão da própria USP (20%) e do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (80%), porque a mata protege uma nascente, um lago e um córrego.
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