Goleiro do Corinthians entre 1958 e 1963, Aldo Malagoli (foto) largou os campos e foi aprender a fazer doce. Numa tarde de bola num campo do Butantã, o ex-ponta-direita Ari, do Radium Clube de Mococa, correu até ele. Será que Aldo teria interesse em aprender a fazer chocolate? Sua irmã trabalhava na fábrica da Kopenhagen, na época do Itaim-Bibi, e poderia ser a chef. Ficou indeciso, não tinha experiência... Mas, por fim, topou.
Veneza, nome da primeira filha do goleiro com a mulher Elizabeta, também foi o nome escolhido para batizar a primeira fábrica da linhagem, dentro da casa dos Marconis (tios de Elizabeta), no Bom Retiro.
Assim teve início uma série que chegou a seis fábricas de chocolates artesanais comandadas por uma mesma família, a partir do negócio de Aldo, naquele junho de 1971. Hoje, são 20 tios, primos, irmãos, cunhados, sobrinhos, netos que tocam os negócios nas quatro fábricas que restam na cidade.
Um ano depois, em 1972, Aldo deixou a Chocolateria Vaneza e fundou a Liverpool, no bairro do Butantã (Av. Vital Brasil, 438; tel.: 3032-5674) onde está até hoje, produzindo 12 toneladas de chocolate caseiro.
Mesmo com a rotina na fábrica de chocolate, Aldo nunca largou os gramados. Aos 75 anos, bate bola duas vezes por semana no Esporte Clube Pinheiros, do qual é conselheiro. E, mesmo nas metáforas, sempre que pode, arrisca unir chocolate e futebol.
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