Silvia Vinhas Bandsports |
A irreverência de Neymar na comemoração de seu gol durante a vitória por 3 a 2 contra o Colo Colo, pela Copa Libertadores da América, pode custar caro ao Santos. O episódio rendeu não apenas o cartão vermelho ao jogador, mas também gerou nervosismo no restante do time, que ainda viu Zé Eduardo e Elano serem expulsos. Com os desfalques, o “projeto Muricy” começa com risco de eliminação precoce na competição continental. Um jogo já resolvido se complicou. Isso porque o Santos encara o Cerro Porteño, no próximo dia 14, com o desfalque dos três expulsos e precisando da vitória. No lance polêmico, Neymar fez um golaço, o terceiro santista no duelo, e colocou no rosto uma máscara com uma foto dele, distribuída pela diretoria na Vila entre os torcedores, ação de marketing realizada em parceria com uma operadora telefônica. O técnico Muricy Ramalho assume o time santista com a difícil missão de conter os ímpetos do ídolo santista.
Na minha opinião, um exagero! Veja bem, não estou discutindo a regra, que é muito clara; o jogador é proibido de levar ao campo qualquer objeto, mas sim a austeridade do juiz. Seria como colocar, no mesmo patamar, uma entrada mais dura, um “carrinho” mal intencionado, um xingamento, com uma manifestação alegre e visivelmente impulsiva de Neymar. Cabe ao juiz avaliar. Quantos erros de arbitragem são discutidos todas as semanas? Quantas interpretações duvidosas? Na última Copa do Mundo, a Alemanha fez um gol absoluto contra a Inglaterra e o mundo se espantou com a não validade por conta da “interpretação” do árbitro. Vexame com direito a muitos replays pelo planeta.
Neymar precisa de mais um puxão de orelha? Muricy cuida disso. E dos juízes que querem aparecer mais que o espetáculo, quem cuida?
Silvia Vinhas é apresentadora dos programas Magazine e Opinião Livre, dos canais Bandsports e TV Unip, respectivamente. Fale com ela: leitor@grupo1.com.br
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