sexta-feira, 22 de abril de 2011

Rodoviária da Vila Sônia: moradores e comerciantes temerosos com desapropriações

Moradores e comerciantes do Butantã/Vila Sônia estão apreensivos com o projeto da Prefeitura de São Paulo para a construção de um terminal rodoviário na região, já que as obras vão levar à desapropriação de inúmeros imóveis, principalmente comerciais, a maioria deles instalados no bairro há mais de 20 anos.
O prefeito Gilberto Kassab já abriu licitação para viabilizar a Rodoviária da Vila Sônia, cuja implantação é discutida há mais de 30 anos. O terminal deverá ter 16 plataformas e levará à desapropriação de uma área residencial e comercial de 21.500  m2, equivalente a três campos de futebol. Só o estacionamento terá 13,6 mil m2.
As definições estão em licitação aberta este mês para contatar, por R$ 5,9 milhões, a empresa quer fará os projetos básico e executivo, o estudo de impacto ambiental e os laudos técnicos da obra. 
A nova rodoviária deverá abrigar preferencialmente as linhas intermunicipais que utilizam o Rodoanel e as rodovias Régis Bittencourt e Raposo Tavares, como as que ligam a cidade ao Sul do País. Deverá também receber alguns itinerários que usam as rodovias Anchieta, Imigrantes e Castello Branco, além de conexões com cidades do entorno como Taboão da Serra, Embu, Cotia, Carapicuíba e Osasco.
A Prefeitura diz que vai investir R$ 13 milhões neste ano nos projetos das rodoviárias da Vila Sônia e Itaquera – no Orçamento, porém, colocou apenas R$ 5,5 milhões.
Obra polêmica
Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) afirma que a medida é boa porque deve tirar ônibus de vias sobrecarregadas, como a Marginal Tietê. Já para Márcia Vairoletti, da Associação de Segurança e Cidadania do Morumbi – que engloba Butantã e Vila Sônia -, a Prefeitura e o governo têm de parar de anunciar projetos e concluir os já lançados, como a Linha 4 – Amarela.
“São planos inviáveis, que causam expectativa negativa nos moradores e levam à especulação imobiliária”, diz.
Para ela, a região tem sido particularmente afetada por abrigar vários projetos, como a Linha 4, o prolongamento da Linha 17 – Ouro (Congonhas-Morumbi).
Citada pela primeira vez em 1978 na gestão de Olavo Setubal (1975-79), a nova rodoviária é uma das duas que o prefeito Gilberto Kassab pretende construir – a outra, em Itaquera (Zona Leste), ainda não tem edital.

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