O clima de medo tomou conta da Cidade Universitária – USP. No último mês três estudantes foram rendidos por bandidos armados e obrigados a entrar no carro. Os sequestros-relâmpagos são o ápice de uma série de crimes. A preocupação é tamanha que os alunos do Centro Acadêmico de Farmácia passaram a mapear os delitos, desde o ano passado. A equação é mais complicada do que se imagina. Enquanto eles apontam sete crimes, a Polícia Militar diz ter registrados apenas três roubos na USP, neste ano, contra quatro da contabilidade da universidade. O dossiê dos alunos inclui também os lugares onde eles mais têm medo de andar: os três pontos de estacionamento da Avenida Professor Lineu Prestes (onde acontecem os assaltos), a Rua do Matão e os acessos da portaria 3 e a Estação de Trem da CPTM.
À noite, as árvores robustas plantadas no estacionamento impedem a passagem da luz dos postes. Para piorar, há lâmpadas queimadas, o que torna o lugar ainda mais sombrio. Por lá, alunos e professores preferem andar em grupos.
Segundo o coronel reformado da PM, José Vicente, consultor da área de segurança, qualquer faculdade tem problemas com furto de veículos. A diferença da USP, de acordo com os alunos, é a ausência de rondas da PM.
Segmentos da instituição reconhecem haver um histórico de aversão à corporação, devido a confrontos ocorridos durante greves estudantis em 2007 e em 2009. Parte dos alunos diz acreditar, inclusive, que a PM é proibida de entrar no campus.
Por ouro lado, a USP tem também um histórico de ondas de violência. Em 2002, por exemplo, sete estudantes foram estupradas.
A reitoria promete fazer uma reunião para discutir a violência. E diz que estuda melhorar o sistema de iluminação do campus.
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