Além da Chácara do Jockey, no bairro do Ferreira, a Prefeitura pode desapropriar a sede da entidade na Marginal e a comunidade ganhar um grande parque esportivo e de lazer
A Prefeitura de São Paulo decidiu recentemente transformar a área da Chácara do Jockey Club, no bairro do Ferreira, em parque público e esportivo, também em decorrência da dívida de IPTU que o clube tem com a Prefeitura, avaliada em ao menos R$ 150 milhões, além de pendências fiscais como multas por realização de eventos sem alvará e publicidade irregular. A proposta tem o aval do prefeito Gilberto Kassab (DEM), e um decreto de utilidade pública que atesta o interesse da Prefeitura no terreno, já foi publicado. Agora, o que vem à tona, é a desapropriação da área do Jockey na Marginal Pinheiros/Cidade Jardim, assunto que já foi destaque nos últimos anos e que poderá ser realidade para a comunidade, principalmente pela escassez de áreas verdes na capital. O novo presidente do Jockey Club, ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e empresário Eduardo da Rocha Azevedo, explica que a diretoria atual ainda está tomando pé de toda a situação. “Há 6 anos, o Jockey tinha 5 mil sócios pagantes. Hoje são 1.302. O turfe dá prejuízo. É preciso equilibrar o clube como um todo. Tem de ir na causa dos problemas”, afirma.
Em relação à desapropriação que a Prefeitura pretende fazer da sede do clube, para criar um parque, ele diz que “o primeiro passo será fazer uma auditoria interna e procurar o executivo para negociar. Mas com responsabilidade. Não ir lá, propor em não sei quantos anos e não pagar nem a primeira prestação”. E completou: “O Jockey é dos sócios, não da Prefeitura. Tem 600 m à beira da Marginal. Se por um lado o Jockey deve R$ 150 milhões, como eles dizem (nossas contas são diferentes), esse terreno vale muito mais hoje. Foi doado pela Cia. City Inglesa, que loteou a região, com a condição de promover corrida de cavalos puro-sangue ingleses. Considero os problemas solucionáveis. Nossa administração vai ser pró-sócio, não para a diretoria aparecer politicamente”.
A população já conhece o abandono das instalações do Jóckey Club Cidade Jardim, em virtude da falência do turfe. Existe um mínimo de conservação, podas da área verde e maquiagem dos prédios antigos, mas sabe-se que o clube neste local, com o custo existende e as dívidas e juros correndo (Já se fala em mais de 300 milhões), torna-se inviável qualquer suspiro de vida do glamour do Jockey. Sonhos e sócios que praticamente não existem, tornam a realidade de transformar já esta grande área verde em parque público.
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