Estudo realizado pela USP aponta uma alternativa para suprir a escassez de áreas verdes na capital paulista: os corredores verdes, que consistem em vias com árvores de médio ou grande porte plantadas ao longo de calçadas e canteiros centrais, conectando praças e parques. Entre as regiões de São Paulo utilizadas no trabalho desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP estão Pinheiros, Sé (Centro) e Mooca (zona Leste).
A área administrada pela Subprefeitura de Pinheiros foi selecionada no levantamento por apresentar amplos espaços verdes, como o Parque Villa-Lobos, próximo da Cidade Universitária, no Butantã, além de ruas e avenidas arborizadas. Já Sé e Mooca foram incluídas no estudo por comporem a mancha vermelha do Atlas Ambiental do Município de São Paulo, desenvolvido em 2002 pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Segundo o estudo, 48% do território da cidade carece de cobertura vegetal.
Mas, os idealizadores do levantamento da USP ressalvam que caso o projeto fosse implantado hoje pela Prefeitura, os efeitos das áreas verdes seriam percebidos pelos paulistanos somente num prazo de quatro a cinco anos. A justificativa é que este período seria uma estimativa para os exemplares plantados chegarem à idade adulta. Entre os benefícios proporcionados pelos corredores verdes está a redução de até 8ºC na sensação de calor em espaços urbanos, a criação de uma barreira natural contra a poluição e o aumento do potencial de drenagem, evitando a ocorrência de alagamentos em pontos críticos da cidade.
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