sexta-feira, 29 de abril de 2011

Morar longe do emprego: dificuldade para o paulistano

Não contratar quem mora longe do local de trabalho é discriminação e segregação social, segundo a assessoria da Procuradoria Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo. Mas o fato é que morar longe do emprego é a via-crúcis do paulistano. A distribuição desigual de negócios, serviços, moradias e habitantes está por trás de boa parte das dificuldades para se deslocar na Capital. A falta de planejamento – que leva a população a percorrer grandes distâncias para trabalhar – é citada por técnicos com um dos ingredientes do trânsito e do aperto nos coletivos. Os demorados engarrafamentos não são explicados só pela frota de carros crescente – assim como a lotação de ônibus, trens e metrô não se devem apenas à oferta limitada de transporte público.
De acordo com especialistas, a solução passa por incentivos para ocupação do Centro por moradores e pelo desenvolvimento econômico nos bairros mais afastados.
“As empresas escolhem se instalar perto da casa do presidente. Um call center, por exemplo, tem 3.000 a 4.000 funcionários da periferia. Todos viajam em média duas horas por dia”, afirma Oded Grajew, da ONG Nossa São Paulo.
Ao transporte sobra a atribuição de encurtar viagens. Mantê-lo fica caro quando há muita demanda nos horários de pico e ociosidade no resto do dia.
Segundo Alberto Epifani, gerente de planejamento do Metrô, haverá equilíbrio com uma ampla rede de metrô, com várias linhas integradas – só por volta de 2030, avalia.

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