sexta-feira, 22 de abril de 2011

Desapropriações da operação água espraiada tem que ser discutida com a população

Aurelio Miguel
Vereador SP
Entendo ser uma obrigação do administrador público privilegiar o interesse do cidadão. Principalmente daqueles pertencentes a camadas da população que tem dificuldade de lutar por seus direitos. Assim sendo, considero de suma importancia que ações como desapropriações tem que ser melhor discutidas com os moradores que serão afetados. Por isso mesmo, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo realizada na última terça-feira, sugeri a realização de uma audiência pública. O objetivo é debater com os paulistanos as desapropirações anunciadas pela Operação Urbana da Águas Espraiadas.
A desinformação é total. Os moradores da região não sabem se seus imóveis serão ou não requisitados para obras viárias. A incerteza leva ao pânico aos que temem ser desapropri ados. A única forma de tornar transparente a operação é convocar autoridades para que diante da população deem os esclarecimentos solicitados. Sugeri ao presidente da CCJ, vereador Arselino Tatto, a realização da audiência, contando com sua imediata aprovação. No próximo dia 27 (quarta-feira), na Câmara Municipal, haverá esse debate. O horário ainda não está definido e será divulgado pelo site da Câmara (www.camara.sp.gov.br) no início da próxima semana.
O projeto de lei 025/2011 prevê a desapropriação de residências na Avenida Água Espraiada para a realização de intervenções viárias, afetando cerca de 10 mil famílias. Na sessão da CCJ do dia 19 passado, um grupo de moradores esteve presente apresentando suas dúvidas e angustias. Por isso mesmo entendi ser fundamental a realização da audiência pública. A população afetada pertence as mais variadas camadas sociais. E todos tem o direito de dar sua opinião e mais que isso, o direito de serem bem informados.
 Já manifestei em várias oportunidades que considero insensatez e insensibilidade dos administradores públicos o fato de não priorizarem os moradores de áreas afetadas por obras públicas. Esse é o caso da Operação Águas Espraiadas. A perfuração de um túnel, a ampliação de uma avenida a construção de uma ponte, nada disso pode ser mais importante que o ser humano que habita a cidade. O desenvolvimento de São Paulo não pode ser alcançado sem levar em conta o interesse de seus cidadãos. Notadamente os afetados por essas obras.
Vereador Aurélio Miguel
Líder do PR na Câmara Municipal de São Paulo

Um comentário:

  1. Excelente Aurelio Miguel, acho que vc tem toda a razão e essas pessoas precisam de politicos que possam ajuda-las neste momento.

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